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Você não é a marca do seu iphone

Você já parou pra pensar quanto tempo a gente passa tentando ser alguém que não somos?

Que criamos estratégias requintadíssimas para que a gente não corra o risco que o outro descubra que fomos feridos um dia? A maioria das relações acontecem nesse cenário. O fato é que em algum momento fomos feridos, fomos rejeitados, fomos agredidos, muitas vezes não fomos aceitos.

Uffa! Que alívio saber que não foi só eu! Outro dia assisti a palestra do Márcio Libar, ator especializado na nobre arte do palhaço. Ele usou uma frase que me tocou muito! Disse que todos nós estamos aqui tentando nos colar com esmalte de ouro. Você se identifica? Eu sim!

Temos uma infinidade de informações armazenadas em nossos arquivos (mente emocional). Muitas vozes falando ao mesmo tempo. Você lembra daquele filme do Wood Allen (não lembro o nome agora) onde ele está sentado na cama com a sua esposa e ao lado de cada um estão os seus pais (imaginários) falando sem parar no ouvido deles enquanto eles (o casal) tenta conversar? E não é assim conosco também? Quantas vezes nas minhas relações amorosas eu tive reações que não eram minhas, mas sim, eram vozes que entraram em mim sem minha permissão? – vozes que nos adulteraram e que criam a nossa realidade. (julgamentos, opiniões, pontos de vista que eu comprei sem perceber). Mas será que é essa realidade que eu desejo para mim?

Precisamos colocar informações que não foram adulteradas para restaurar nosso sistema de retroalimentação saudável. Imagine agora você com 4 anos: seu mundo era brincadeira, imaginação, aventura exploratória. Depois disso provavelmente foi adulterado pelos venenos emocionais dos adultos. E como o mundo faz isso conosco? Capturando nossa atenção e colocando informações no nosso sistema de forma repetitiva. E não é assim que se dá o processo de aprendizagem?  Veja o esquema que preparei para vocês abaixo:

Imagine que você acorda um dia e não tem mais medo de ser o que é. Se você retirar a persona do medo o que fica de você? O medo é uma forma de proteção. Se você cura seu medo não precisa mais se proteger.

E como começar a curar o medo?

Procure não levar nada para o lado pessoal, ou seja, procure não se identificar com as funções e papéis que o mundo quer dar a você. Questione sempre. Você sabe que o outro dá a você a função que ele quer que você desempenhe na vida dele e fazemos a mesma coisa com os outros. Então, o que acontece se você escolher não entrar mais nesse lugar? Se independente do que te digam ou te façam, você escolher ser você?

Nos tornamos PHD em aperfeiçoar a imagem que vamos sustentar em determinadas circunstâncias. E essa imagem, muitas vezes domina o nosso ser. O modo como utiliza seu poder fará a diferença na sua vida. Faça a pergunta: aonde estou colocando o meu poder? Poder Pessoal X Medo

Você se torna mestre do que acredita que é. Mestre da raiva, mestre do ciúmes, mestre da auto rejeição. Todos os nossos dramas e sofrimentos vieram da nossa prática. Dentro do seu drama, você se tornou mestre de quê? Seja sincera hein?

Você quer ser mestre de quê em sua vida? Reflita!

Usamos uma máscara social porque é doloroso ver a nós mesmos ou deixar que os outros nos vejam com nossa luz e nossa sombra. Nós não somos a marca do nosso iphone.

  • Texto escrito para a minha coluna da @redehestia

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